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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

No continente Português …..

O reencontro com a Honda Transalp no continente português deu-se no inicio do mês de Julho passados quase dois meses.  A Honda Transalp tinha ficado no continente português depois da grande viagem realizada no projecto cagarros de norte a sul, projecto do qual a Honda Transalp também fez parte. Nesse reencontro estivemos acompanhados por uma outra a Honda a NC 750. Percorremos quilómetros e mais quilómetros acabando por perder a noção real de quantos foram no total porque uma avaria no próprio conta quilómetros fez-nos perder essa noção.

Havia uma estratégia que foi percorrer o máximo de quilómetros possíveis com o intuito conhecer o mais possível. Seguimos com destino à cidade de Aveiro sempre por percursos nacionais e alternativos e com o recurso ao GPS num tablet. Essa ferramenta estava colocada na bolsa por cima do tanque de combustível e muitas das vezes com o calor acabava por se desligar e sempre em momentos cruciais daqueles em estás a seguir viagem e tens de saber se é para a direita ou esquerda. Tirando esses pormenores o mapa no tablet através de GPS até cumpriu relativamente bem a sua função. No entanto, o melhor mesmo seria a compra de um equipamento GPS preparado unicamente para essa função.

A viagem para Aveiro correu muito bem e sobre um calor abrasador. Chegamos lá pela hora do jantar. E por lá ficamos um pouco. Depois e para pernoitar escolhemos uma das muitas concentrações de motas em Portugal. Escolhemos aquela que nos parecia no local mais isolado. E na realidade a concentração/convívio Motard "Os Trinta", na freguesia Trinta, Concelho de Guarda e distrito de Guarda, é num local bem isolado e que para lá chegar levou o seu tempo e com recurso ao GPS. Segundo o GPS estávamos quase a chegar continuando a indicar aquele percurso mas não fazia muito sentido porque de noite as coisas não fazem tanto sentido. Um local com muitas curvas e contracurvas. Mas lá fomos sem antes pararmos totalmente as motas e ficar naquela escuridão e silêncio com o objectivo de ouvir ou ver a animação. A noite estava super calma mas não conseguimos ouvir nada para além dos barulhos da natureza. Após mais umas curvas viu-se ao fundo luzes com várias cores. Nesse momento passamos a ter a certeza que era naquele local. Chegamos lá por volta das 23H00. Já havia animação e estava actuar a banda HIFI. Fizemos a nossa inscrição e o respectivo pagamento com direito a parque privado para as motas. Depois perguntamos onde poderíamos pernoitar. A reposta foi que existia um pasto, ali ao lado, onde se poderia colocar as tendas. Pois, tendas foi o que nós não levamos. A viagem era para ser com saída e regresso ao mesmo ponto de partida Torres Vedras. Depois de um noite bem divertida e o descanso merecido debaixo de uma árvore no tal pasto, fizemos-nos à estrada com vista a conhecer as redondezas. O calor começava a ser insuportável logo pela manhã. A prioridade passou a ser encontrar uma piscina para refrescar. Depois de encontrada a piscina fomos a banhos quase já na hora do almoço. Almoço esse que estava incluído na inscrição da concentração/convívio. Por volta das 13H00 fizemos viagem novamente para o local do convívio onde almoçamos e por lá ficamos até ao lanche. Depois assistimos as actividades diurnas onde se inclui o "Bikewash" e o lance de ossos cozidos. Aproveitando o cair da noite e para que a viagem pudesse ser o mais amena possível, lá para as 17H00, demos inicio ao regresso com a certeza que teríamos muitos quilómetros pela frente. Uma viagem tranquila onde as máquinas se portaram muito bem e com a chegada a Torres Vedras pelas 01H00, sempre por estradas nacionais excepto na parte final da viagem onde entramos na Auto Estrada. Ainda tivemos tempo de entrar em Lisboa e ir até ao Bairro Alto onde a Transalp estacionou. Parecei-a tudo irrealista a Honda Transalp estar no Bairro Alto!

Regressei a Santa Maria com a certeza que muito em breve voltaria a reencontrar a Honda Translp nas terras do continente porque por lá ela permaneceu.

De regresso ao continente encontrei a Honda Transalp pronta para partir, porque desta vez tinha retirado um dos cabos da bateria pelo que foi só montar o cabo novamente e dar o arranque, e de imediato fizemos-nos à estrada nuns passeios diferente tendo sempre como base de descanso a cidade de Torres Vedras. Foram vários os passeios mas totalmente descontraídos passando por locais muito agradáveis. Estes passeios foram acompanhados pela Honda NC 750. Lá para o fim dos dias tivemos de ficar sozinhos e sozinhos tivemos de ir para Lisboa e seguir até ao aeroporto da capital, sem antes passar-mos pela costa seguindo a nacional 247. Passamos por Sintra, Cascais e finalmente Lisboa. Uma viagem realizada com o recurso ao GPS no tablet. A Honda transalp demonstrou sempre uma condução leve e segura. Em determinados momentos parecia sermos um só. Tudo fluía de forma muito sincronizada. A única situação a apontar foi e é a caixa de velocidades que me parece rígida e pouco sincronizada. As avarias que foram surgindo foram o conta-quilómetros e lâmpadas do painel de instrumentos, bem como a indicação de combustível que também deixou de funcionar correctamente. Enquanto tivemos a companhia da outra Honda fomos controlando a cada metade do tanque da Honda NC 750 a Honda Transalp atestava. Depois de deixarmos de ter a companhia da Honda NC 750 seguimo-nos pela intuição porque também não tínhamos indicação dos quilometro percorridos. Foi sem dúvida uma grande aventura quando nos pusemos a caminho de Gouveia numa viagem de 282 Km e cerca de seis horas. Já com o pouso em Gouveia de lá fizemos alguns passeios sobre a beleza de um verão escaldante onde os fogos iam ocorrendo pelo País e alguns bem perto. Para finalizar voltamos a fazer outra grande viagem de regresso à qual fomos parar à Costa da Caparica onde pernoitamos. Mais uma viagem de cerca de 350 Km e oito horas. No dia seguinte seguimos viagem para Lisboa mais propriamente com destino ao transitário ETE Logistica S.A., em São João da Talha, para colocar a mota dentro da sua caixa e seguir com destino a Santa Maria Açores. No final correu tudo muito bem e a Honda Transalp saiu vencedora.

Nunca é de mais lembrar e agradecer as empresas ETE – Logística, S.A. e J. COSTA & FILHOS.