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terça-feira, 23 de maio de 2017

Por terras continentais.

Depois da compra do equipamento fui reencontrar a HondaTransalp nos Armazéns da ETE Logística em São João da Talha. Embora a bateria da Transalp seja nova existe sempre algum receio do arranque após um mês parada. Depois de rapidamente ter sido retirados todos os plásticos que envolviam a mota e colocada a chave na ignição rodei para a posição on. As luzes do painel acenderam com toda a intensidade o que fazia prever que a bateria estava em condições. Puxado o "choque" para a posição intermédia e pressionado o botão de arranque a Transalp, em segundos, iniciou o motor com o seu som característico e inconfundível.
Seguimos então viagem até ao interior de Lisboa para passarmos pela WearMoto para dar um abraço ao Paulo. Depois de estar um bocado com o Paulo fomos para o nosso destino nesse dia Torres Vedras.
No dia seguinte tínhamos uma longa viagem até Ponte de Lima. A viagem iniciou-se pelas estradas nacionais local onde a Transalp se sente muito confortável. Nasceu para isso. Mas como a previsão, dada pelo gps, era de uma viagem de cerca de 9h optamos por parar para almoçar nas Caldas da Rainha. Depois do almoço entramos na Autoestrada com vista a reduzir o tempo na estrada. Seguindo à velocidade legalmente estipulada com o conta rotações entre as 5 e 6 mil rpm lá fomos até ao momento em que a Transalp começa com um comportamento estranho. A traseiras Transalp vibrava estranhamente dando um claro sinal que algo não estava bem. Impôs-se uma redução da velocidade e o chegar de forma calma para a berma da autoestrada.  Localizado o melhor local para a paragem forçada numa zona em relva bem para dentro da berma quase impercetível aquém seguia na autoestrada. Depois de colocar a Transalp no descanso lateral verifiquei o que já temia pneu traseiro sem ar. A solução podia passar por ser eu a desmontar a roda e reparar a câmara de ar. Estava bem prevenido porque no interior do compartimento e debaixo do banco existe duas câmaras de ar novas a da frente e da traseira. Mas sabia que seria bastante difícil fazer a operação sozinho, iria com certeza perder muito tempo. O pneu era novo e muito rigido o que dificultaria a tarefa de abrir-lo. As ferramentas que vem no kit não iriam aguentar a força que seria necessária imprimir. Descolar o pneu da jante também iria ser tarefa difícil. Optei pelo contacto com a assistência em viagem da minha apólice de seguro o qual se revelou a melhor solução. A hora também era boa pelo que foi fácil encontrar uma oficina perto. Foi tudo muito rápido para meu próprio espanto. Em cerca de uma hora e estava novamente na estrada. O caricato é que a oficina escolhida pelo Sr. do reboque não queria efectuar a reparação porque não assumia a responsabilidade de tirar a roda traseira da mota. Fui também informado que  não possuíam câmaras de ar nem pneus de motas. Face a estas condição disse-lhes que eu próprio retiraria a roda e que não precisaria de câmara de ar nem de pneu. Era mesmo só trocar de câmara de ar por uma nova que possuía. Quem anda de mota tem de estar duplamente prevenido. Essa tarefa é quase rotineira. Sou eu que faço as reparações e manutenções da minha Transalp. Voltamos à estrada tendo chegado ao nosso destino Ponte Lima pelas 18h30. O calor que se fez sentir foi enorme devido em grande parte as calças. Depois de tomar um banho e relaxar um pouco fomos procurar um local para jantar. Não tivemos muita sorte. No dia seguinte verifiquei a falta de uma das peças existentes na forquilha do quadro da suspensão traseira e que serve de afinação à roda traseira. Não é uma peça que faça a Transalp parar. Mas o alinhamento das rodas poderia ficar comprometido. Passei a uma condução ainda mais doce. A prioridade passou a ser encontrar uma oficina que fizesse a peça. No passeio acabei por encontrar uma oficina de motas. Nessa oficina o mecânico foi impecável e fez a peça com uma enorme dedicação. Por segurança foram colocadas novas porcas em ambos os lados com um ring no interior de plástico. Continuamos o nosso andamento durante mais uns largos quilómetros. No outro dia fomos até Lousada para ver o rali de Portugal 2017. Nem as motas deixaram passar. Poderíamos ter ficado mais perto da entrada da zona do espetáculo. A Translp caberia em qualquer lugar. Deixei a Translp no melhor local possível e segui a pé. Horas depois voltei ao encontro da Transalp para fazermos a viagem Lousada – Ponte de Lima. No dia seguinte fomos novamente à procura do Rali de Portugal na zona de Ponte de Lima. Depois da hora de almoço apanhamos a autoestrada e seguimos em direcção a Coimbra. Continuamos o passeio e a Transalp esteve sempre impecável. Terminamos onde começamos em Torres Vedras. No dois últimos dias tivemos a companhia pela nossa conhecida Honda a NC 750.



































quarta-feira, 17 de maio de 2017

A importância do equipamento.

O material de segurança de um motociclista é sem dúvida algo muito importante. Muitas das vezes é descurada essa importância quando olhando só para o preço em detrimento da qualidade. Hoje em dia felizmente já existem marcas no mercado com uma qualidade mínima aceitável por um preço justo.  Nesse compromisso no dia 15-05-2017, foi dia de ir às compras. Lojas online está a internet cheia com preços muito competitivos e convidativos. O que as lojas online não permitem, por enquanto, é usar um dos sentidos do ser humano o tato ou melhor o apalpar. Podemos até ver review no YouTube do material mas mesmo assim somos todos diferentes e nada como experimentar no nosso próprio corpo. As lojas físicas também existem e cada uma vende o seu peixe. Acostumado que estou em não ter a facilidade de ver e tocar pessoalmente neste tipo de equipamento surgiu a oportunidade de o puder fazer aquando da deslocação ao continente português para um passeio na melhor mota do mundo a Transalp. Numa pesquisa que fiz por lojas na zona de Lisboa surgiu uma empresa que me chamou a atenção WearMoto sem perceber bem porquê. Na busca de mais informação fui direcionado para a página do facebook dessa mesma empresa (facebook.com/wearmoto). Foi nesse sítio da internet que percebi que a empresa era pequena e tinha iniciado a sua actividade à pouco mais de um ano e meio. Os comentários eram muito bons sobretudo ao "Paulinho" como uma pessoa muito próxima do cliente.
Perante essa constatação enviei via Messenger uma mensagem à empresa da qual obtive resposta muito rapidamente. Quando a oportunidade chegou desloquei me à empresa WearMoto, Rua Dr. Silva Teles n. 18B e C 1050-080 Lisboa Portugal. "Paulinho" tinha saído mas já voltava - dizia me algumas pessoas que ali estavam as quais também fiquei a conhecer. Motards, gente boa. Passados cinco minutos surge "Paulinho" muito apressado e sem mãos a medir. Fiquei a aguardar a minha vez (não havia senhas) enquanto isso iam chegando mais clientes e "Paulinho" desdobrava-se para dar toda a atenção a cada cliente. Mas o incrível é que o conseguia fazer. Falar de WearMoto é falar de "Paulinho". "Paulinho" é aquele ser humano que todas as pessoas deviam conhecer. Ele emprega uma dedicação e empenho naquilo que faz de uma forma tão natural que até assusta. Para além disso "Paulinho" é uma pessoa extraordinária com uma delicadeza e espírito de ajuda que infelizmente começa a ser difícil encontrar. Relativamente à compra de equipamento e depois de chegar a minha vez de ser atendido "Paulinho" perguntou-me o que pretendia. Disse-lhe que desejava um capacete, luvas, botas e equipamento de comunicação. "Paulinho" indicou-me uma marca e modelo depois de lhe ter dito que queria um capacete modular. Isso eu já tinha a certeza bem como a cor. "Paulinho" ainda perguntou o porquê de um capacete modular quando o integral é mais seguro. Infelizmente para mim aqui não havia volta a dar. Depois de experimentar o exemplar verifiquei que o modelo não assentava bem porque o queixo ficava a tocar no capacete. Descurado esse modelo passou se então a outro modelo o GIVI modelo X21 que já ficava bem melhor mas largo. Depois passou-se à cor do capacete. Desejava o preto como 80% dos motociclistas, mas já tinha lido que cores claras são melhores porque somos mais visíveis. O que faz todo o sentido. "Paulinho" voltou a abordar o tema e acrescentou que um capacete claro é mais fresco. Depois das explicações optei pela cor clara pela primeira vez.  Mas o capacete agora escolhido GIVI modelo X21 e na loja não havia o número inferior. "Paulinho" disse-me que amanhã já o teriam. Mas eu precisava era naquele dia porque ia buscar a minha mota a seguir ao almoço, lá para as 15h30. Sem hesitar "Paulinho" disse que o capacete estaria na loja hoje ainda. Relativamente às botas só escolhi o modelo depois das perguntas do "Paulinho". O número escolhido não existia na loja mas o compromisso foi que o capacete e as botas estariam na loja pelas 14h30. Entretanto fui almoçar num local por sugestão de "Paulinho". Lá para 14h30 fui à loja e "Paulinho" estava mesmo chegando com o capacete e as botas. De imediato coloquei capacete na cabeça e não soube bem, continuava largo. Depois de algum desalento da minha parte "Paulinho" disse - O capacete tem de ficar confortável e ajustado, se não fica é porque não serve. Depois disse-lhe solução para ter o capacete de número inferior ainda hoje. Respondeu "Paulinho" - Vou já tratar disso. Foi o próprio que mais uma vez foi buscar o capacete. Passados 10 minutos já estava na loja. Experimentei-o e servia como uma luva. Incansável Paulinho. As botas não foi da marca escolhida mas "Paulinho" trouxe uma outra bota de modelo idêntico ao escolhido inicialmente. Gostei das botas e serviam muito bem nos pés. As luvas foram escolhidas para o verão que ai se avizinha. O kit de comunicação universal da marca Cellularline, do qual desconhecia, revelou-se também uma excelente aquisição. Paguei por tudo um preço muito justo. Com esta atitude "Paulinho" com certeza não irá ficar rico tão cedo mas uma coisa tenho a certeza amigos/clientes vai ter sempre. Da minha parte já fui cliente e agora sou amigo, disso não tenho dúvidas
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